Como elaborar a seção de Agradecimentos de Dissertações e Teses?

Não se deve confundir a seção de Agradecimentos com a Dedicatória, embora ambas as estruturas sejam similares (ressalto que estes são elementos opcionais, conforme os manuais acadêmicos e, inclusive, as normas da ABNT).

Por meio de agradecimentos, expressa-se a gratidão aos colaboradores e pessoas que, direta ou indiretamente, colaboraram com a pesquisa ou com o pesquisador. Evite repetir a palavra “agradecimentos” ao longo do texto para não o tornar monótono. Você pode começar de forma mais fluida, por exemplo: “A todos que foram fundamentais nesse processo, especialmente à Professora Doutora Fulana”. Essa seção é mais pessoal, permitindo uma abordagem menos formal.

É interessante abordar eventuais dificuldades enfrentadas durante o processo e é possível adentrar nas emoções do pesquisador nesse momento; afinal, somos humanos. Percebo, como Revisor de Textos Acadêmicos, que pesquisadores, mesmo os mais formais, usam essa seção de forma bastante pessoal, o que implica certa liberdade na redação, diferentemente de outras seções da Dissertação ou Tese.

Ao escrever, sugiro começar agradecendo aos familiares, seguindo uma ordem de prioridade. Depois, mencione os amigos, e posteriormente, se aplicável ao contexto do seu trabalho, agradeça aos professores ou à instituição. É importante manter uma lógica na organização dos agradecimentos para evitar uma sequência confusa. Alguns órgãos e instituições solicitam que bolsistas, necessariamente, devem agradecer pelo auxílio recebido. Verifique essa questão com o seu/sua orientador(a)

Evite agradecimentos genéricos com os dizeres “para todos aqueles que contribuíram…”. Seja específico ao expressar gratidão. Cuidado para não tornar essa seção excessivamente subjetiva ou longa, pois geralmente se resume a uma página. A atenção está na organização e categorização dos agradecimentos.

Um abraço a todos!

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Uso inadequado de “epidemia” e “surto” em teses de doutorado

Percebo, revisando há mais de 16 anos dissertações de mestrado e teses de doutorado, que alguns pesquisadores utilizam, banalizadamente, o termo epidemia como sinônimo de surto. Neste post, apresento e explico a diferença.

Epidemia

Uma epidemia refere-se a um surto de doença que afeta um grande contingente de sujeitos em uma área extensa, denotando uma propagação generalizada e impacto abrangente.

Surto

Caracteriza-se, por sua vez, o termo surto por afetar um número limitado de pessoas, em uma área mais restrita, indicando uma propagação localizada e com alcance mais limitado.

É essencial discernir esses termos para uma análise precisa de eventos epidemiológicos. Além disso, Utiliza-se o termo “epidemia” somente para doenças que afetam seres humanos. Para o contexto de doenças que acometem um grande número de animais, o adequado é utilizar o termo “epizootia”.

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