“Defender que” em dissertações de mestrado

A expressão “defender que” é inadequada em linguagem formal. É mais apropriado utilizar a estrutura em que se defende algo, uma ideia, um argumento, uma teoria, uma posição ou uma conclusão, ao invés de simplesmente “defender que”.

Exemplos

O cientista defende que a teoria seja aceita sem questionamentos. (Incorreto)

O cientista defende a aceitação sem questionamentos da teoria. (Adequado)

O estudo defende que a dieta seja adotada por todos. (Inadequado)

O estudo defende a adoção da dieta por todos. (Adequado*)

* Não sugiro esse estilo de escrita, tende a antropomorfismo. Prefira: “Defende-se, por meio do estudo, a adoção da dieta por todos.”

A pesquisa defende que a mudança climática seja urgente. (Inadequado)

A pesquisa defende a urgência da mudança climática. (Adequado*)

* Não sugiro esse estilo de escrita, tende a antropomorfismo. Prefira: “Defende-se, por meio da pesquisa apresentada nesta dissertação, urgentemente, a mudança climática.”

Refira-se, especificamente, ao que está sendo defendido, seja uma ação, uma proposta, uma conclusão, etc. Isso proporciona maior clareza e precisão na redação científica ou acadêmica.

Share on Facebook

Morreu de infarto ou de Infarte?

Há termos, na Língua Portuguesa, que, embora aparentemente similares, podem gerar questionamentos quanto à sua utilização adequada. Esse é o caso dos vocábulos “infarto” e “infarte”, ambos utilizados para descrever a causa do falecimento de alguém em decorrência de um ataque cardíaco.

No entanto, em relação ao Português Brasileiro, observa-se uma preferência e uma aceitação mais ampla da forma “infarto”. Esta é a versão mais comumente empregada para descrever a condição médica caracterizada pela interrupção do fluxo sanguíneo em uma parte do coração, levando à lesão ou morte das células cardíacas.

A palavra “infarto” é oriunda do termo em latim de “infarctus”, que significa “entupir” ou “obstruir”. É uma expressão consagrada na área médica e reconhecida como a forma padrão para descrever um evento cardiovascular que pode ser fatal.

Por outro lado, não se considera a variação “infarte”, embora utilizada por algumas pessoas. Percebe-se essa forma, às vezes, como menos usual ou, inclusive, mesmo inadequada, pois foge ao padrão linguístico mais aceito na descrição de problemas cardíacos. Morreu de infarto ou de Infarte?

“Infarto” é a forma mais comum e estabelecida para descrever um ataque cardíaco no Português Brasileiro. É a forma presente em dicionários, manuais de medicina e amplamente utilizada na linguagem formal. Já “infarte” é menos usual e não reconhecido como forma padrão, pelo menos no contexto do Português Brasileiro.

O termo “infarto”, como mencionado, originou-se do latim “infarctus”, que é a forma mais adequada do ponto de vista etimológico. A terminação “o” é a mais comum para essa palavra, formando o substantivo derivado de um verbo da primeira conjugação (“infartar”). A forma “infarte” parece ser uma adaptação menos coerente com a estrutura e formação de palavras na Língua Portuguesa. Morreu de infarto ou de Infarte?

Share on Facebook