Como elaborar um esquema?

Como elaborar um esquema?

O esquema é uma ferramenta de estudo muito eficaz. O importante na elaboração de um esquema é que ele deve ser lógico e auxiliar o processo de organização do pensamento. A diferença entre um esquema e um resumo é simples: um resumo é mais desenvolvido do que um esquema. O esquema funciona como um “esqueleto” das ideias de um texto ou de um projeto. O esquema geralmente é apresentado por meio de símbolos, chaves, colchetes, retângulos… Escolha a forma gráfica para fazer o seu esquema. Atenção, no entanto, à sequência lógica de tópicos que compõem o conteúdo de um texto de acordo com os aspectos de progressão textual e de estruturação de parágrafos. É claro que um texto mal estruturado será difícil ou inviável de ser esquematizado.

Esquema

Disponível em: http://eb23cmat.prof2000.pt/sala/fazer/fazesquemas.html

Um esquema muito comum é o de subordinação. Nesse caso, a sequência lógica das ideias do texto são enumeradas.

Por exemplo:

O Brasil, embora esteja entre os sete países mais ricos do mundo, é um país de grande desigualdade socioeconômica. Essa situação ocorre devido a três fatores: X, y e Z.
(Eu inventei esse trecho para exemplificar)

Um esquema desse fragmento poderia ser expresso da seguinte maneira:

1. Brasil: País de grande desigualdade ou Brasil: Grande economia versus Grande desigualdade
1.1 Grande desigualdade –> X,Y e Z

É óbvio que o item 1 refere-se à grande desigualdade econômica no Brasil. X,y e z são enumerados como 1.1, pois justificam o item 1, ou seja: Brasil: país de grande desigualdade.

O esquema é muito utilizado em slides. Ele representa as informações-chave de um texto, a sua organização lógica depende da complexidade e do nível de profundidade de cada ideia. Um texto muito longo deve ser resumido e esquematizado ao mesmo tempo, desde que o “resumo” não comprometa o objetivo do esquema. Por exemplo, se o seu objetivo é tirar 10 em uma prova, eu sugiro que você faça um resumo dos textos a serem lidos e, posteriormente, um esquema (isso vai depender da maneira que o conteúdo será cobrado, há casos em que a imprevisibilidade de um exame gera a necessidade de produção de um esquema mais elaborado). Se o seu objetivo é ler um texto para apresentar uma palestra ou um trabalho, você pode resumir o texto e depois esquematizá-lo, ou fazer esse processo simultaneamente.

Cada esquema depende da finalidade de estudo. O interessante é utilizar palavras-chave em um esquema e escrever o mínimo possível. As palavras-chave devem estimular o desenvolvimento de um determinado conteúdo. Não faça slides ou esquemas com muitas informações. Quando um esquema tem muitas informações, ele perde a sua finalidade e torna-se um resumo. No caso de técnicas de estudo, o resumo é anterior à elaboração de um esquema. Isso porque é necessário que se desenvolvam anteriormente os tópicos de um esquema para, por meio da leitura básica do esqueleto de uma ideia, desenvolvê-los posteriormente. A não ser que você tenha muita facilidade em relação a um conteúdo e consiga, após poucas leituras, esquematizá-lo sem resumi-lo.

É importante observar os conectivos lógicos em um texto ao esquematizá-lo, especialmente as conjunções coordenadas ou subordinadas. No caso do fragmento supracitado, o conectivo “embora” é essencial para que se compreenda o contraste
brasileiro: país rico versus país de grande desigualdade.

Faça esquemas de cada uma das principais ideias de um texto. Atenha-se, em seu esquema, às palavras-chaves do texto original e às informações transmitidas pelo autor. Cuidado com digressões. É muito comum, ao lermos um texto, fazermos associações do que lemos às nossas experiências de vida ou leituras anteriores. Isso pode fazer com que sejam adicionadas informações a um texto que não estejam lá. No entanto, embora isso seja proveitoso, pode comprometer o seu resumo ou esquema. E é importante deixar claro, caso se faça algum julgamento de alguma leitura, o seu posicionamento, explicitando-o para que ele não surja em seu esquema como ideia do autor.

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