Mestrado no Brasil e em Portugal

Diferença entre mestrado no Brasil e Portugal

Muitos brasileiros fazem mestrado e doutorado em instituições portuguesas. Essa troca cultural é muito positiva para ambos os países. Entretanto, é importante atenção para algumas diferenças significativas entre os mestrados oferecidos em Portugal e no Brasil. Embora ambos os países ofereçam programas de mestrado de alta qualidade, há diferenças em relação à duração, requisitos de admissão, estrutura do programa e cultura acadêmica.

A duração dos mestrados é uma diferença notável entre Portugal e Brasil. Em Portugal, a maioria dos mestrados tem duração de 1 a 2 anos; enquanto no Brasil, os mestrados, geralmente, duram de 2 a 4 anos. Isso se deve, em parte, às diferenças nas exigências de pesquisa e dissertação.

No Brasil, há maior rigor em relação à produção de uma dissertação e ao próprio acesso ao Mestrado, seja pela dificuldade de ingresso em uma universidade pública ou pelo custo elevado de pós-graduação em universidades privadas. Em Portugal, o Mestrado não é tão inacessível como no Brasil.

Em algumas instituições em Portugal, após a defesa, a dissertação ou a tese não são alteradas. No Brasil, com raras exceções, a defesa constitui um processo de desconstrução do texto e, posteriormente a esta, o pesquisador, ainda, o altera.

Percebo que, no Brasil, há muito mais rigor científico para a produção de uma pesquisa, especialmente em universidades federais, em relação a Portugal. Além disso, a própria estrutura dos gêneros acadêmicos é diferente. A estrutura de uma dissertação e tese no Brasil contempla algumas seções que, às vezes, são ignoradas em Portugal.

Além disso, algumas instituições em Portugal não aceitam a modalidade formal do Português do Brasil em relação à escrita e, inclusive, solicitam tradução ou adaptação do texto para a modalidade formal de Português de Portugal.

Diferença da ciência no Brasil e Portugal

A ciência brasileira e portuguesa são duas tradições distintas, cada uma com suas próprias histórias, desafios e realizações. Embora ambas as nações tenham uma herança de investigação científica e tecnológica, há diferenças significativas em termos de suporte governamental, infraestrutura e colaboração internacional.

O suporte governamental é uma das diferenças mais evidentes entre a ciência brasileira e portuguesa. Em Portugal, o governo tem investido em pesquisa científica e tecnológica, especialmente em áreas como biotecnologia, energia renovável e saúde. No Brasil, apesar de algumas iniciativas para aumentar o investimento em pesquisa, a ciência ainda enfrenta uma série de desafios, incluindo a falta de verbas e a burocracia. No Brasil, os grandes centros científicos correspondem às universidades federais que, muitas vezes, com os limitados recursos dos programas de pós-graduação, dos professores e da comunidade acadêmica, trazem grande desenvolvimento para o país.

A infraestrutura de pesquisa é outra diferença notável entre as tradições científicas brasileira e portuguesa. Em Portugal, existem muitas instituições de pesquisa e universidades bem equipadas, com recursos avançados para a realização de investigações de alta qualidade. No Brasil, a falta de recursos e de instalações adequadas é uma barreira para a pesquisa científica.

A colaboração internacional é uma terceira diferença importante entre as tradições científicas brasileira e portuguesa. Em Portugal, existe uma forte tradição de colaboração científica internacional, com muitos cientistas trabalhando em parceria com colegas de outros países para explorar questões complexas. No Brasil, apesar de algumas iniciativas para promover a colaboração internacional, ainda há muito a ser feito para aumentar a integração entre cientistas brasileiros e estrangeiros.

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