Revisão de textos acadêmicos

Compartilho, neste post a respeito de Revisão de Textos acadêmicos, cinco razões pelas quais acredito que o seu texto deva ser revisado por um profissional especializado em Linguística, com formatação em Letras, curso de Mestrado/Doutorado, também, nessa área. Não entregue o seu texto nas mãos de profissionais de outras áreas, ou, simplesmente, nas mãos de professores de Língua Portuguesa que não tenham experiência, especificamente, no ramo de Revisão de Texto.

5 razões pelas quais você deve revisar o seu texto com profissional especializado

  1. A dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado, diferentemente de outros gêneros textuais, que são mais popularmente conhecidos, contêm especificidades que devem ser levadas em consideração durante a Revisão de Texto. A atenção a essas especificidades, que dizem respeito à maneira pela qual o texto é desenvolvido, bem como envolve questões relativas ao desenvolvimento de pesquisa em si, não é, comumente, dada por aqueles que não têm experiência na pós-graduação, especialmente, em nível de Mestrado. A graduação não prepara estudantes, especialmente oriundos do curso de Letras, para desenvolverem pesquisa. Muitas vezes, o mestrado é o primeiro contato eficaz de formação de um pesquisador. Sem essa base consolidada, o olhar do Revisor de Texto torna-se limitado. Além disso, é importante, também, que o Revisor tenha experiência com revisão de dissertações de várias áreas, pois cada ciência tem os seus próprios paradigmas científicos, bem como segue orientações específicas para o desenvolvimento de textos acadêmicos.
  2. Evite encaminhar o seu texto para ser revisado por alunos de graduação ou por pessoas que não tenham formação, específica, na área de Letras. Desconfiem daqueles que propõem, apenas, algumas poucas alterações em seu texto ou que não trazem comentários relativos a estruturas que precisam ser reformuladas. Jornalistas dizem-se, muitas vezes, Revisores, Professores de história, mas não têm formação para isso. Da mesma maneira que um profissional na área de Letras não tem formação para atuar em áreas como jornalismo, o profissional de jornalismo não tem formação para atuar na área de Letras, como é o caso do ofício de Revisão. Ocorre que, em virtude de o curso de jornalismo ter maior prestígio social, os estudantes dessa área se empoderam desse fato para oferecer, indevidamente, esse serviço. Revisores de texto precisam de formação em linguística. Estudantes de Letras estudam semântica, sintaxe, morfologia, morfossintaxe, latim e várias outras disciplinas que são essenciais ao olhar do Revisor de Texto, estudantes/profissionais de jornalismo, ao contrário, não têm essa formação. Se eu acredito que nem o curso de Letras é suficiente para formar um Revisor, imagine em relação à formação de estudantes de jornalismo e história… cuidado!
  3. Muitos estudantes intitulam-se bons leitores e conhecedores da Língua Portuguesa. Ser um bom leitor não necessariamente torna alguém um bom Revisor de Texto. Um bom Revisor de Texto, além de ter formação específica na área de Letras e, também, na própria área de Revisão de Texto, precisa de ter anos de experiência nessa área, revisando diversos gêneros textuais. Os olhos de quem, simplesmente, lê não são os mesmos de quem Revisa e trabalha com Revisão de Texto. Inclusive, posso dizer por experiência própria, o meu olhar sobre qualquer texto, mesmo quando lanço um olhar curioso como “leitor”, não é o mesmo desde quando comecei a trabalhar na área de Revisão. Quando Reviso um texto, estou próximo do meu consciente.
  4. Muitos professores de escolas, além de conciliarem o ofício de Revisão com suas atividades em sala de aula, o que diminui, acredito, a qualidade do serviço, em virtude de estes, apenas, compreenderem este ofício como “um bico” e de não se dedicarem o tempo que deveriam para o ofício, não têm conhecimento suficiente sobre o texto acadêmico, especialmente em nível de mestrado. Não desmereço o trabalho de meus colegas, mas acredito que o fato de um Professor revisar textos de escola (muitas vezes sem nem serem pagos para tal, trabalhando sobre pressão) não constitui uma boa justificativa para que estes revisem textos acadêmicos, que necessitam de extrema atenção e cuidado.
  5. Desconfiem de profissionais que oferecem resultados absolutos, daqueles que não deixam claro a importância de o texto chegar às mãos do Revisor com certa qualidade, para que o serviço, de fato, seja eficaz e a publicação do material seja satisfatória. Se você, pesquisador/estudante, não desenvolveu uma boa dissertação/tese, não acredito que um terceiro, um Revisor de Texto, fará “milagres” em seu texto. O fato de o texto ter sido mal formulado por você limita bastante as contribuições que um revisor pode lançar ao seu trabalho acadêmico. Isso parece irracional, certo? Mas não. Não espere e não pense que o Revisor de Texto fará o seu trabalho, desconfie daqueles que afirmam ser possível trazer contribuições em nível de conteúdo. O papel do Revisor não é este. Ele pode até trazer um olhar mais acadêmico ao seu trabalho, em relação á organização do gênero textual em si, mas não deve, jamais, por exemplo, redigir por você. Revisores não são autores, eles trazem contribuições ao seu trabalho e estas dependem, obviamente, da qualidade em que o seu texto chega às mãos desses profissionais.

 

 

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Consideração importante para Revisão de TCC, artigo, dissertação e tese

Cascavel Revisão de Texto

Revisão de Textos acadêmicos não deve seguir os mesmos parâmetros de  outro serviço de Revisão de Texto. Isso significa que revisar um texto não se restringe, apenas, a fazer alterações gramaticais para aplicar as normas da gramática normativa a qualquer texto (obviamente, isso depende do tipo de serviço que o cliente deseja).

Neste post, exponho algumas observações que julgo importantes, durante a prestação de serviço de Revisão Crítica (veja a descrição desse serviço na barra superior de botões de meu site: “Revisão de Texto”) para o caso de gêneros textuais acadêmicos.

Antes de começar a fazer alterações puramente gramaticais, o Revisor precisa compreender as características de determinado gênero e até compreender como esse gênero se articula em deteminada área de estudo. Isso evita mal entendidos e revisões descuidadas. Por isso, sempre insisto no fato de que não é suficiente, apenas, formação em Letras ou jornalismo para exercer essa profissão, especialmente no caso de Revisão de Textos Acadêmicos, que exige conhecimentos daqueles que desenvolveram/desenvolvem pesquisa, especialmente na Pós-graduação.

Destaco, a seguir, um aspectos que julgo relevante em relação ao serviço de Revisão de Texto acadêmico (modalidade Revisão Crítica), um dos processos relacionados à realização desse serviço.

Adequação vocabular à proposta do estudo apresentada em TCC, artigo, dissertação e tese

A sociedade pode transformar a língua assim como a língua pode transformar a sociedade. Essa interpretação concebe relação dialética entre língua e sociedade. Por essa razão, é preciso estar atento ao que se diz e se escreve para que determinadas escolhas vocabulares não anulem determinados posicionamentos.

Em relação a um trabalho acadêmicos, dependendo do uso de determinado vocábulo, ele pode “corromper” completamente a proposta metodológica de uma pesquisa, tornando-a questionável e falha. É preciso muita atenção ao uso de determinados vocábulos em um texto para que haja clareza e para que estes se alinham à proposta de um estudo, bem como aos posicionamentos dos pesquisadores.

Exemplo 1: não faz sentido utilizar o vocábulo indivíduo em um trabalho com proposta construtivista, que busca dar voz a determinada pessoa ou grupo social. Indivíduo é aquele que “não se divide”, denota pessoa alinhada aos padrões capitalistas.

Exemplo 2: não faz sentido utilizar o vocábulo aluno em trabalho na área de educação, pois a base etmológica desse vocábulo denota relação de poder em que o professor é “detentor supremo do conhecimento” e o aluno aquela pessoa passiva, “sem luz”, cujo conhecimento, experiência são insignificantes diante dos professores.

É preciso uma “dose de reflexão” para compreender o que eu quero dizer: se um discurso/língua/texto pode modificar uma prática social e vice-versa, por que insistir no uso de determinados vocábulos que revelam práticas excludentes? Não costumo ser tão crítico, para evitar confrontos, quando esses vocábulos são utilizados por pesquisadores com postura mais positivista e estruturalista, ou para o caso de alguns trabalhos na área de Direito (até porque essas escolhas articulam-se a um padrão ideológico e de escrita validado e compartilhado pela comunidade científica dessa área). Mas, no caso de trabalhos com proposta construtivista, trabalhos que se assentam em  proposta pós-moderna, moderna-líquida/tardia/reflexiva, o uso desse vocábulo deve ser repensado e evitado.

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