Paraguai

Permaneci dois dias na capital do Paraguai: Assunción. A cidade me lembrou a dinâmica urbana de Santa Cruz de La Siera. A cidade era bonitinha, mas achei tudo muito caro. Permaneci dois dias apenas em Assunción. Talvez não tenha sido o suficiente para ter tido uma verdadeira impressão sobre o local.

A vegetação do Paraguai era muito parecida com a vegetação do pantanal. Não tirei fotos, não achei a cidade um diferencial. Na verdade, quando eu viajo, odeio a ideia de ir para lugares clichês de “cidades”, no sentido da cidade moderna, onde há um Mac Donalds na esquina, os grandes templos de consumo: shoppings, hotéis, ruas com carros, metrôs e aquela cara de “urbano” padrão ou onde o urbano pode até não prevalecer, mas onde os espaços não passam de espaços públicos transformados em espaços privados, onde tudo é pago e estruturado nos modelos pós modernos. Gosto de viajar por cidades diferentes, gosto de comer em restaurantes mais locais, gosto de comprar roupas de lojas locais, comer comidas locais e experienciar as cidades em seu cotidiano local. Fujo de programas de turismo ou de uma cidade direcionada aos “turistas”, porque o meu bolso agradece e a minha experiência é mais concretizada, é menos plástica.

Os grandes centros metropolitanos, em algum aspecto, são muito parecidos. Eu não vejo razão em viajar para esses centros, ficar nas mesmas redes de hotéis internacionais, comer as mesmas comidas industrializadas e padronizadas e fazer compras no shopping das mesmas coisas que vendem no Brasil. Isso não faz sentido.

 

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Argentina

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Sinceramente, não gostei muito de Buenos Aires. Achei mais interessante Mendonza.

No entanto, essa viagem deu muita aventura. Eu comprei a minha passagem de avião para Argentina pela Pluna Airline, uma empresa Uruguaia. O meu voo saía no dia 10, uma segunda feira de julho. Empolgado com a viagem, entrei na internet na sexta feira em um site de notícias e curiosamente encontrei uma mensagem dizendo que a PLUNA havia falido. Fiquei pensando: “nossa, que droga para quem vai viajar”. Dois minutos depois eu me lembrei que eu iria viajar pela Pluna e a essas alturas, a minha viagem já estava perdida. Enfim, passei muita raiva até o dia dessa viagem tentando resolver vários problemas com o site decolar.com. Essa experiência me fez sentir tão moderno/pós moderno. Eu senti a posteriori a verdadeira noção de medo causado pelo risco, emergente das novas tecnologias modernas. 

Fiquei frustrado com a notícia, mas não desisti de viajar. Embora eu não tivesse muito dinheiro, continuei inculcado com essa viagem. Procurei um voo barato para Argentina, mas não encontrei nenhum. Ouvi dizer por aí que havia ônibus de Brasília rumo ao Paraguai. Fui à rodoviária interestadual da Capital Federal e para a minha surpresa havia um ônibus com destino a Assunción, no Paraguai para o dia seguinte a minha procura. Bem, comprei a passagem para de lá seguir até a Argentina e depois ir de ônibus ao Chile. Sim, eu viajei horas e horas de ônibus durante dias. Inclusive economizei bastante com hospedagem. Graças a Deus havia ônibus na Argentina cinco estrelas, com serviço de bordo e bingo noturno rsrs.

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No caminho rumo ao Paraguai, conheci quase todo o Mato Grosso. Quando cheguei à Assunción estava escurecendo. Parei na rodoviária, no centro da cidade. Procurei uma pousada para me hospedar, mas achei tudo muito caro para os padrões latinoamericanos. Nesse dia eu jantei um frangão na rua rsrs, acompanhado com batatas e salada. Sim, a comida estava deliciosa, mas cara. No dia seguinte resolvi conhecer a cidade, mas para a minha infelicidade eu não consegui sacar um centavo do meu cartão. Pensei que aquele seria o fim da minha viagem. Peguei os poucos centavos finais que eu tinha no bolso e segui em direção ao aeroporto de ônibus, pensando que seria mais fácil sacar o meu dinheiro lá. Eu já tive vários problemas de saques na América do Sul. Quando eu fui ao Peru, foi tenso conseguir sacar dinheiro. No caminho, avistei um símbolo do Banco do Brasil. Sai correndo em direção a ele, mas não consegui sacar nada. Bem, eu já não tinha mais dinheiro algum e estava rezando para conseguir sacar o meu dinheiro, caso contrário, não sei o que iria fazer. Nesse momento perguntei para uma moça na rua se ela sabia onde eu poderia sacar dinheiro, (Isso foi imaturidade de turista, mas eu não me senti ameaçado a ser assaltado), a moça gentilmente me levou ao shopping e disse para eu tentar sacar no caixa eletrônico 24H do BANCO DE LA PATAGONIA. E por incrível que pareça, já sem esperanças, eu consegui sacar.
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Paguei 5 reais nessa torta de marmelo:IMG_2256

IMG_2244Eu adoro essa foto! Parece foto de propaganda de alguma coisa que aliena o consumidor em um momento de alegria e felicidade eternas rsrs. O melhor é o meu sorriso mais branco do que a neve no fundo rsrs…IMG_2437sssssssss

IMG_2375dd(2) Professor Anderson Hander

Os serviços de ônibus na Bolívia e no Chile são excelentes: serviço de bordo em ônibus.

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