Memorização na escola
A escola contemporânea privilegia, entre os seus vários métodos e mecanismos, em virtude, especialmente da tecnologia, a memória. O privilégio da memorização na escola, com aulas direcionadas ao próprio mercado e a fórmulas para conseguir o sucesso na vida contemporânea são reflexos de nossa própria sociedade. O mal de memória impede que os alunos desenvolvam pensamento crítico, pois há espaço apenas para armazenamento de informação: “as crianças de hoje se apresentam como seres completos e bem definidos. São consumidores, aos quais é preciso estimular, agradar, escutar e compreender. A crise se intensificou, impulsionada pela popularização dos dispositivos móveis de conexão às redes informáticas[1]”.
A tecnologia na escola chegou para ocupar mais espaço na memória dos alunos e também para dispersá-los. As redes atravessam as paredes na escola e o conhecimento, a reflexão e a crítica tomam segundo plano em função das interações virtuais. Professores têm de competir durante suas aulas com aparelhos eletrônicos e com os ídolos dos alunos, que são armazenados em celulares por meio de vídeos e arquivos de música.
[1] Acessado em 15/02/2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/70597-escola-troca-formacao-de-cidadao-pela-capacitacao-de-clientes.shtml
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