Sobre Anderson Hander Brito Xavier

Somos uma empresa especializada em revisão, padronização e diagramação de textos. Atuamos no mercado há seis anos, possuímos registro no CNPQ e 11 atestes de capacidade técnica. A nossa equipe é composta por mestres, especialistas e graduados pela Universidade de Brasília (UnB).

Como aceitar ou excluir alterações e comentários no Word?

Eu utilizo a ferramenta Revisão de Texto do Word para facilitar a interação com os meus clientes em relação às Revisões que realizo. A ferramenta permite que o autor analise as alterações propostas no texto, decidindo se aceita ou exclui tanto as modificações quanto os comentários no Word, relativos a palavras, orações ou parágrafos específicos do texto.

A invisibilidade do Revisor (o fato de estar sempre “às sombras” dos escritos de um autor, e de, muitas vezes, nem ser mencionado em publicações) está, também, para a invisibilidade de seu ofício. A Revisão é uma atividade muito complexa, que exige elevado nível de abstração. Mesmo que, em um período ou parágrafo, não haja alterações em um texto, isso não anula o trabalho mental (extremamente exaustivo) realizado pelo Revisor.

O fato de esse trabalho não ser registrado (tampouco mensurado), e também de haver expectativa de entrega de um texto dito “pronto” (como se o Revisor assumisse a função de Autor) gera mal entendidos em relação a esse ofício, como se o custo pela Revisão não correspondesse à complexidade ou ao grau de formação ou importância desse profissional, e como se houvesse desonestidade a respeito do custo do trabalho, já que não é mensurado ou visto pelo cliente.

Nesse sentido, por meio da ferramenta Revisão de Texto do Word, estabeleço clara distinção entre a função do Autor e do Revisor (especialmente em caso de Textos Acadêmicos, em que a atuação do Autor é necessária para a obtenção do título acadêmico, e em que o Revisor não tem a função de atuar além desses limites), permitindo que o Autor reflita sobre o que foi feito e assuma consciência do próprio texto, especialmente senão tiver finalizado o trabalho. Assim

Nesse contexto, compreendo a revisão como um processo colaborativo e não como uma intervenção definitiva ou imutável. Nesse sentido atuo, como Revisor, como um terceiro, trazendo sugestões e alterações a respeito de um período de tempo previamente acordado, sem, contudo, assumir a autoria do texto. Caso o autor não concorde com alguma mudança realizada, ele pode rejeitá-la, o que reflete a flexibilidade desse processo. Em primeiro lugar,

Após a entrega do texto revisado, no caso da Revisão Crítica, o autor precisará verificar os comentários deixados, com indicações que estão além da minha atuação, a respeito, por exemplo, de conteúdo (incoerências argumentativas, períodos incompletos, falta de informações obrigatórias nas referências ou citações). Isso se alinha à natureza recursiva da linguagem, um tema amplamente discutido em pesquisas linguísticas, que demonstram como o processo de revisão é interativo e sujeito a múltiplas interpretações, sendo sempre passível de ajustes e ajustes contínuos até a versão final do texto. Como aceitar ou excluir alterações e comentários no Word?

1. Como acessar a Ferramenta de Revisão de Texto?

Para acessar a ferramenta de revisão no Word:

  1. abra o Microsoft Word;
  2. vá para a guia “Revisão”, na barra de menus, no topo da tela. Primeiramente,

2. Como retirar os comentários do texto?

Para retirar os comentários deixados no Word por meio da Ferramenta Revisão de Texto, clique, na aba superior do Word, no botão, mais à direita, REVISÃO. Haverá um outro botão, mais à direita, escrito ACEITAR e REJEITAR. Clique na seta para baixo do botão ACEITAR e, em seguida, escolha a opção desejada (aceitar alterações e parar o controle). Como aceitar ou excluir alterações e comentários no Word?

Para retirar os comentários, na mesma aba deste botão, há uma opção chamada comentários (mais à direita). Clique na seta abaixo de comentário e, em seguida, escolha a opção: excluir todos os comentários.

2. ACEITAR OU EXCLUIR as alterações do texto?

Dentro desta guia, você encontrará as opções “Aceitar” e “Excluir”. Ao clicar em “Aceitar”, você confirma a alteração proposta pelo Revisor, incorporando-a ao texto. Já ao clicar em “Excluir”, haverá remoção da alteração, mantendo o texto original. Você pode optar por aceitar ou excluir as alterações individualmente, uma a uma, ou pode usar as opções de “Aceitar tudo” ou “Excluir tudo” para modificar todas as mudanças de uma vez. Essas ferramentas permitem que o Autor tenha controle total sobre o texto revisado, decidindo o que será mantido ou rejeitado, conforme necessário. Assim,

3. Desativar o controle de alterações do Word

Se você não tiver compreendido como usar a ferramenta Revisão de Texto do Word, veja o meu vídeo explicativo:  Assim,

https://www.youtube.com/watch?v=fgeM9mgsg18

Estou à disposição.

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Reflexões sobre o termo lacração

Reflexões sobre o termo lacração

Recentemente, uma pesquisadora negra apresentou uma crítica, no Instagram dela, a um grupo com o argumento de que “lacração significa performance que eu não entendi ou não tenho condições de contrapor ou argumento que eu não sei contra-argumentar”, intitulando o post de “termos do dicionário da elite brasileira, e do pobre que não entendeu nada”. Como Linguista, eu penso que, embora o termo seja bastante utilizado para deslegitimar falas de pautas importantes, ele pode e é utilizado em outros sentidos (como menciono neste post a seguir), e pode ser ressignificado. Na verdade, o próprio termo surgiu na comunidade LGBTQI+. Ou seja, não é um termo que necessariamente está vinculado a uma concepção estrita para o uso da esquerda ou da direita. Também penso que, em nossa esfera acadêmica, somos especialistas em nossas próprias áreas. Mas todos gostam de “meter a colher” na área de língua, embora seja uma área inter, trans e multidisciplinar.

A própria pesquisadora afirmou, em um vídeo, que se sentia não confortável em relação à escrita acadêmica, e que assumiu para si, em uma posição libertadora, um estilo “mais solto” em suas produções acadêmicas. Entendo que não são todos que querem se comprometer com a complexidade do conhecimento linguístico, e com as convenções de formalidade (e que existem paradigmas mais subjetivos, que se revelam em uso de primeira pessoa do singular “eu” em textos acadêmicos), às vezes por uma posição propositalmente transgressora (acho válida e reconheço essa posição), mas eu me comprometo, como linguista, com esse conhecimento, e esta é a minha área, da mesma maneira que a pesquisadora se compromete e conhece a área dela (o que, por exemplo, me fez escrever este texto como uma contra-argumentação).

O termo “lacração” tem, de fato, se transformado em um rótulo que frequentemente deslegitima discursos, especialmente de pautas identitárias, como a pesquisadora pontuou. Contudo, a ressignificação é sempre possível, e o significado de um termo varia conforme o contexto e a intenção de quem o utiliza. Há muitas pessoas, especialmente na internet, que querem lacrar com o intuito de, simplesmente, engajamento. E, mesmo tratando de pautas relevantes, posicionam-se superficialmente: “faça o que eu digo, mas não o que eu faço” (tipicamente brasileiro, em uma perspectiva negativa), sendo utilizado mais como um instrumento de visibilidade ou validação nas redes sociais do que como uma contribuição genuína ao debate. É a lógica narcísica de nossa sociedade contemporânea. Qualquer ideia, mesmo que esteja fundamentada em estudos e ciência, é considerada “lacração” se não estiver de acordo com o indivíduo, ou seja, aquele que não se divide. Assim,

O Brasil está profundamente polarizado. A ideia de que o conhecimento ou os discursos precisam se alinhar, exclusivamente, à “esquerda” ou à “direita” é um reflexo desse extremismo, mas a realidade é muito mais rica, tanto em relação à forma (língua) quanto em relação ao conteúdo (a realidade). Reconhecer essas nuances é essencial para compreender que há diferentes formas de abordar os temas e que nem toda crítica (seja ao termo “lacração” ou a outros discursos nas redes) precisa ser vista de maneira polarizada. A língua é, por natureza, dinâmica, viva e está em constante transformação. Tentativas de cristalizar o significado de uma palavra, ignorando seus múltiplos usos, empobrecem o potencial expressivo e criativo da linguagem. A língua não tem intenção nem moralidade própria; são os falantes que carregam os vocábulos com significados, intenções e, às vezes, estigmas. Reflexões sobre o termo lacração

Eu, por exemplo, às vezes, utilizo o termo “lacração” para criticar concepções polarizadas de grupos que não têm muita profundidade de determinados assuntos e os reproduzem de maneira infundada ou inconsciente, porque, simplesmente, aprenderam assim ou por compartilharem desse discurso coletivamente, reproduzindo, muitas vezes, o status quo em nome de uma dita crítica que é contrária a eles mesmos. Alguns, às vezes, preenchem determinadas posições, simplesmente, para se encaixarem na polarização, como senão houvesse uma alternativa a esta ou como se não houvesse dialogismo (seja em relação à direita ou à esquerda). E vou além: quanto de você existe naquilo que você odeia (ui), Brazil? E não acho que o fato de eu dizer ou escrever isso, no contexto deste texto, deslegitime, necessariamente, a esquerda ou me posicione mais para a direita. O conhecimento não é uma moeda de duas facetas. E eu não quero dizer que sou neutro ou “que estou em cima do muro”; ter a consciência para essa interpretação me insere muito além dessa limitação em nosso país.

Vários sociólogos falam em modernidade líquida, pós-modernidade etc. Não penso, como linguista que sou, que devemos colocar vocábulos em caixinhas, embora possam ter uma dita carga pejorativa social, porque a língua, em si, “não tem nada com isso”. Quando fazemos isso, limitamos a língua(gem) e podemos deixar de utilizar os seus recursos para criações diversas. Muito dessa polarização se revela num extremismo líquido contemporâneo que busca modificar o que é sólido (ou moderno); e a solidez é importante em alguma medida, embora também possa nos conduzir a um caminho extremo (e a liquidez, por sua vez, que também é importante, à banalização). Ser sólido em um mundo líquido é importante em alguma medida, não se enganem. E a língua é o meio que pode permitir a criação e a manutenção de sentidos. É por meio dela que transitamos entre os polos ou além deles (de maneira a transcendê-los), que criamos novas significações e que negociamos os limites entre o estável e o transitório ou muito além. Se isso não for observado, poderemos tender à alienação, seja ela individual ou coletiva. Reflexões sobre o termo lacração

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