Feminino de mestre

Primeiramente, esclareço, que o feminino de mestre é “mestra”. Tenho revisado alguns artigos e outros textos acadêmicos em que algumas pesquisadoras apresentam-se da seguinte maneira: “sou mestre em… e doutora em”.

Isso também vale para o título de bacharel. Inclusive, foi sancionada uma Lei recente que indica o uso do feminino, para graduadas, em diplomas de cursos superiores que, muitas vezes, não diferenciavam o uso, o que tem revelado uma prática discursiva muito relacionada às práticas sociais excludentes sobre as mulheres.

Segundo dados do portal Globo G1, hoje, no Ensino Superior, há 900 mil mulheres a mais do que homens.

Ainda que alguns acreditem que distinguir o uso não trará muitas mudanças, língua tem poder, se nós perpetuarmos manifestações discursivas excludentes, obviamente, isso poderá afetar as nossas práticas sociais, gerando maior segregação.

Acredito, portanto, que não há língua neutra, e que as nossas escolhas linguísticas são todas, mesmo que inconscientes, motivadas. No entanto, se tivermos de proferir algo, sejamos (ou devemos tentar ser) responsáveis, racionais (com esforço maior, críticos) sobre o que nós estamos dizendo.

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#Feminino de mestre

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