Gramática e ensino

Gramática e ensino

Para Saussure (2006), língua é forma, e não substância. Para Benveniste (1988), língua é forma e também substância. Paralelo às discussões entre formalistas e funcionalistas na linguística, embora seja possível analisar a língua em seus aspectos sintáticos ou semânticos, é preciso esclarecer que a fonética/fonologia, a morfologia, a sintaxe, semântica, pragmática não existem isoladamente. Elas são constituintes umas das outras e todas convergem, em relação ao ensino, às práticas de letramento, embora, em aspectos de descrição/análise linguística, possam admitir análises divergentes. Assim, essa problemática situa-se além do que poderia representar apenas um conflito entre nomenclatura ou correntes de pensamento, afinal, ela surge dentro da escola. Deve-se pensar, assim, no papel da escola; o seu objetivo é primeiramente o de formar gramáticos? Não. Uma afirmação a este questionamento fere os princípios dos PCNs e é contrária, inclusive, ao termo cidadania, ao pensá-lo em função de uma educação que promova sujeitos reflexivos. Isso não significa, por outro lado, que os professores não devam ensinar a norma padrão, uma vez que essa norma é fundamental para que o falante ascenda.

__________________________________________________________________________

#Gramática e ensino

Quer aprender mais sobre Língua Portuguesa? Consulte, também, o meu outro site: www.andersonhander.wordpress.com

Conheça, também, o nosso perfil no Instagram: @escrevereviver

Share on Facebook

Memorização na escola

Memorização na escola

A escola contemporânea privilegia, entre os seus vários métodos e mecanismos, em virtude, especialmente da tecnologia, a memória. O privilégio da memorização na escola, com aulas direcionadas ao próprio mercado e a fórmulas para conseguir o sucesso na vida contemporânea são reflexos de nossa própria sociedade. O mal de memória impede que os alunos desenvolvam pensamento crítico, pois há espaço apenas para armazenamento de informação: “as crianças de hoje se apresentam como seres completos e bem definidos. São consumidores, aos quais é preciso estimular, agradar, escutar e compreender. A crise se intensificou, impulsionada pela popularização dos dispositivos móveis de conexão às redes informáticas[1]”.

A tecnologia na escola chegou para ocupar mais espaço na memória dos alunos e também para dispersá-los. As redes atravessam as paredes na escola e o conhecimento, a reflexão e a crítica tomam segundo plano em função das interações virtuais. Professores têm de competir durante suas aulas com aparelhos eletrônicos e com os ídolos dos alunos, que são armazenados em celulares por meio de vídeos e arquivos de música.

[1] Acessado em 15/02/2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/70597-escola-troca-formacao-de-cidadao-pela-capacitacao-de-clientes.shtml

__________________________________________________________________________

#Memorização na escola

Quer aprender mais sobre Língua Portuguesa? Consulte, também, o meu outro site: www.andersonhander.wordpress.com

Conheça, também, o nosso perfil no Instagram: @escrevereviver

Share on Facebook