“A Arte da Revisão” – Elisabete Gonçalves

Resumo da obra “A Arte da Revisão” – Elisabete Gonçalves

“A Arte da Revisão” é um livro escrito por Elisabete Gonçalves, lançado em 2011 pela Editora Contexto. A obra é destinada a profissionais de Revisão de Texto, bem como estudantes de letras, comunicação, jornalismo e áreas afins.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira parte, a autora apresenta os princípios teóricos da Revisão de Texto, discutindo conceitos e aspectos que permeiam a prática da Revisão. Na segunda parte, a autora apresenta aspectos práticos da Revisão, com dicas e orientações para a realização desse trabalho.

A primeira parte

A primeira parte da obra inicia-se com um capítulo sobre o papel do revisor de texto na sociedade. A autora discute a importância do trabalho de Revisão para a produção e disseminação de informações corretas e precisas. Nesse capítulo, são apresentados alguns exemplos de revisões bem-sucedidas e também de textos que foram publicados sem a devida Revisão, o que resultou em erros e problemas de comunicação.

Em seguida, a autora discute a história da Revisão de Texto, abordando a evolução da língua e dos processos de comunicação ao longo dos tempos. O capítulo seguinte trata da leitura crítica, apresentando técnicas para a análise do texto e para a identificação de possíveis erros ou problemas de coesão e coerência.

No terceiro capítulo, a autora discute os aspectos linguísticos da Revisão de Texto. São apresentados conceitos gramaticais e ortográficos, além de dicas e orientações para a correção de erros comuns. O capítulo seguinte aborda a questão da pontuação, apresentando os diferentes sinais de pontuação e suas respectivas funções na construção do texto.

Segunda parte

Na segunda parte da obra, a autora apresenta aspectos práticos da Revisão de texto. O primeiro capítulo dessa parte trata do trabalho de Revisão propriamente dito, apresentando as etapas e procedimentos necessários para a realização desse trabalho. Em seguida, a autora discute a relação entre o revisor de texto e o autor do texto, apresentando dicas para uma comunicação efetiva entre essas duas partes.

No sexto capítulo, a autora discute a Revisão de textos técnicos e científicos. O capítulo seguinte trata da Revisão de textos jornalísticos, apresentando as diferenças entre a Revisão de textos de notícias, reportagens e editoriais.

Por fim, o último capítulo da obra apresenta dicas para a elaboração de um currículo para revisores de texto, discutindo aspectos relevantes para a apresentação desse profissional ao mercado de trabalho.

Em “A Arte da Revisão”, Elisabete Gonçalves oferece um panorama completo sobre a Revisão de Texto, desde os aspectos teóricos até as questões práticas do trabalho de Revisão. A obra é uma leitura importante para profissionais de Revisão de Texto, estudantes e interessados no assunto, pois apresenta conceitos e técnicas úteis para a realização desse trabalho de forma competente e eficaz.

 

Share on Facebook

Todo texto precisa ser revisado

A necessidade de aprimoramento

Na tessitura da linguagem, a escrita emerge como uma habilidade transformadora, através da qual pensamentos e emoções ganham vida nas páginas. No entanto, a habilidade de transmitir eficazmente essas complexas construções mentais por meio de palavras é uma tarefa árdua, cuja realização completa raramente é obtida no primeiro esforço, independentemente de quem escreva. O processo de Revisão, nesse sentido, longe de ser uma mera formalidade, é a âncora que impede que as palavras se percam no mar de possibilidades de interpretação e entendimento.

A recursividade inerente ao texto

O texto é um organismo vivo, uma entidade que evolui, se ajusta e se reconfigura conforme as ideias se desenvolvem. É uma expressão da mente, e como a mente, é intrinsecamente fluido. A Revisão reconhece essa fluidez e permite que o texto se molde conforme as intenções do autor. Assim como a mente nunca está estática, o texto é um processo recursivo, sempre em movimento, e inacabado. Primeiramente,

A Insuficiência da primeira escrita

Quando as palavras fluem na primeira escrita, carregam consigo a energia do momento. No entanto, essa energia raramente se traduz em perfeição textual. A revisão surge como uma ferramenta para transformar essa energia crua em uma comunicação cuidadosamente esculpida. As palavras iniciais, muitas vezes, são apenas blocos de argila que precisam ser moldados para revelar a verdadeira escultura do pensamento. Assim,

A Armadilha da cegueira autoral

Um texto é, em certo sentido, a manifestação do mundo interior do autor. No entanto, esse envolvimento emocional pode cegar o autor para os pontos fracos e ambiguidades presentes no texto. A Revisão é um ato de humildade, em que o autor reconhece que o texto não é uma extensão perfeita de si mesmo, mas uma criação que requer aperfeiçoamento. O Revisor oferece uma perspectiva desapegada, um espelho para o autor se enxergar com maior clareza.

A Luta contra a incompletude

A busca pela completude na expressão escrita é como buscar o horizonte: inatingível, mas inspirador. O texto, por natureza, sempre carrega um senso de incompletude. A Revisão não pretende remediar essa condição, mas sim abraçá-la, permitindo que o autor veja além das fronteiras de seu próprio discurso, enquanto ajusta, realinha e aprimora para se aproximar daquilo que é mais completo.

O processo eterno de aperfeiçoamento

Todo texto, independentemente de sua forma ou propósito, é um reflexo das limitações humanas e, ao mesmo tempo, uma expressão de nossas aspirações mais elevadas. A Revisão não é um mero ritual, mas uma jornada de aperfeiçoamento constante. É uma busca incessante pela melhoria, pelo ajuste fino, pela claridade e pela beleza que se esconde nas palavras. Na intersecção entre o texto e a Revisão, encontramos a essência da escrita: um constante processo de busca, um ciclo de refinamento e um testemunho da infinita capacidade da linguagem de evocar significado e emoção.

Share on Facebook