Por que as referências são importantes?

Credibilidade: citar fontes confiáveis fortalece a credibilidade do seu trabalho. Mostra que suas ideias são fundamentadas em pesquisas sólidas. Assim,

Respeito ao autor: citando corretamente as fontes, você atribui o devido crédito aos autores originais, respeitando o trabalho alheio. Assim,

Evitar plágio: referências adequadas ajudam a evitar o plágio, que é uma infração grave em contextos acadêmicos e profissionais.

Guia para elaborar referências

1. Conheça o estilo de citação

Existem vários estilos de citação, como APA, MLA, Chicago, entre outros. É importante conhecer o estilo exigido para o seu trabalho e segui-lo de maneira consistente.

2. Coletando informações essenciais

Para cada fonte que você utiliza, anote as informações essenciais:

Livros: autor(es), título, editora, ano de publicação e páginas.

Artigos de revistas: autor(es), título do artigo, título da revista, volume, número, páginas e ano de publicação.

Sites da Web: autor(es), título da página ou artigo, URL, data de acesso.

3. Formato das referências

O formato das referências varia de acordo com o estilo de citação. Por exemplo, em APA, as referências de livros seguem este padrão:

Sobrenome, Iniciais do Nome. (Ano de publicação). Título do livro. Editora.

4. Citações no texto

Sempre que você utilizar informações de uma fonte, faça uma citação no texto. Isso geralmente inclui o sobrenome do autor e o ano de publicação, como (Sobrenome, Ano).

5. Organize suas referências

Mantenha uma lista organizada de todas as fontes que você consultou. Isso facilitará a elaboração das referências finais.

6. Verificação dupla

Após concluir seu trabalho, revise cuidadosamente todas as referências para garantir que estão formatadas corretamente de acordo com o estilo de citação escolhido.

7. Ferramentas de citação

Considere o uso de ferramentas de citação, como EndNote, Zotero ou geradores online de citações, que podem facilitar muito o processo.

Lembre-se de que a elaboração correta das referências é uma parte vital da pesquisa e da produção de conteúdo de qualidade. Não apenas demonstra respeito pelos trabalhos dos outros, mas também ajuda a solidificar a credibilidade do seu próprio trabalho. Portanto, dedique tempo e atenção a esse aspecto essencial da escrita acadêmica e profissional.

O Revisor como mediador de textos

O trabalho de um Revisor de Textos é desafiador, sobretudo quando se considera o vasto conjunto de interações que permeiam o exercício dessa profissão. Essas interações constituem diferentes configurações, dependendo da complexidade dos projetos em que o Revisor se envolve e do número de elementos envolvidos. Nesse sentido, em relação à produção textual (do outro), o Revisor está em busca de seu espaço, desenvolvendo estratégias de trabalho, estabelecendo prioridades em face das variáveis ​​do processo e interagindo com os demais colaboradores, seja de maneira direta ou indireta, conforme as ferramentas empregadas, os gêneros textuais em questão e as questões linguísticas a respeito de determinadas circunstâncias.

Nesse sentido, pode-se pensar essa interação em várias perspectivas conforme a), b), c), d) e e):

a) o Revisor e o(s) texto(s) (original, tradução, revisão); b) o Revisor e as ferramentas de trabalho, que abrangem diversas categorias, incluindo i) instrumentos de normalização linguística; ii) materiais de referência fornecidos pelos clientes; iii) ferramentas de tradução assistida por computador e de apoio à revisão; c) o revisor e o cliente intermediário (agência de tradução); d) o revisor e o tradutor; e) o revisor e o cliente final.

Essa complexidade estrutural, intrínseca ao campo da revisão, espelha uma relação de dependência mútua, ainda que frequentemente assimétrica, entre os diversos elementos mencionados, uma vez que nem todos os colaboradores do processo detêm o mesmo poder de decisão.

Os aspectos previamente delineados podem ser associados à natureza dialógica inerente a qualquer produção textual. Nesse sentido, todo vocábulo tem duas facetas, moldadas por ambos os envolvidos na interação. Ela representa o resultado da interação em si. Isso é especialmente relevante no contexto da Revisão, em que há uma constante interação entre clientes, revisores. No caso de textos acadêmicos, por exemplo, ressalto o papel dos orientadores e da banca examinadora (os que “batem o materlo final em relação ao texto”), embora estes não interajam diretamente com o Revisor, já que este não é autor (o pesquisador em si). O Revisor desempenha o papel de “ouvinte” ao interpretar as instruções fornecidas e, simultaneamente, é um intermediador nesse processo, contribuindo para a criação de novos textos em sua língua materna. Durante essa interação, o Revisor deve considerar as intenções dos clientes, mesmo quando as informações sobre o público-alvo final são limitadas.

Por fim, vale ressaltar um elemento que permeia todas as fases do processo de Revisão, independentemente do padrão em questão: a linguagem inerente ao próprio Revisor. Os mecanismos de pensamento individuais do Revisor influenciam suas práticas de Revisão e suas intervenções no texto. Ao realizar modificações, o revisor age sobre o texto, mas também age por meio da linguagem, uma dimensão praxiológica. Com base em seus conhecimentos e competências, a voz da consciência do Revisor atua como mediadora, buscando equilibrar, por exemplo, as demandas da norma linguística com as expectativas dos clientes, que nem sempre coincidem.

O Revisor tem a flexibilidade de trabalhar para diversos clientes diretos (indivíduos ou empresas) e intermediários (agências de tradução). No entanto, é importante lembrar que o Revisor, nesse contexto, presta serviços. Portanto, assim como em qualquer relação comercial, um de seus principais objetivos é a fidelização dos clientes, atendendo às suas necessidades para garantir a continuidade de sua atividade e, claro, de sua fonte de renda. Dada a complexidade das condicionantes envolvidas, encontrar o equilíbrio entre as necessidades de todos os envolvidos no processo é uma tarefa desafiadora. No entanto, é inegável que, quanto mais diálogo e cooperação houver entre os diversos parceiros do circuito, maior será a qualidade do produto final, ou seja, do próprio texto.