As pessoas ditas fisicamente diferentes, ao longo da história da humanidade, pagaram por um estigma social muito perverso. A própria mulher em si foi (e ainda é) ícone de preconceito. No passado, por volta do período da idade média, a mulher era cosiderada uma entidade maligna. Se ela fosse ruiva, então…
Religiosos difundiram a ideia, com base em interpretações de alguns filósofos gregos, de que a mulher era um ser inferior e sexualmente perigoso. Mulheres ruivas simbolizaram o estereótipo demoníaco por excelência. Muitas foram acusadas de bruxaria e de feitiçaria e, por isso, foram perseguidas, torturadas e até mortas, pagando o preço da diferença.
Nos anos 1960, por outro lado, as ruivas já floresciam em tons alaranjados, quando a sueca ruiva Ann-Margareth conquistara o coração de Elvis-Presley.
No final do século XX, por volta da década de 1970, o movimento feminista trouxe uma grande virada sobre a dimensão social da mulher. Essa transformação permitiu que outros ditos diferentes, inaudíveis, começassem a ter voz!
Embora o preconceito contra a mulher exista, especialmente em virtude de dogmas religiosos, a mulher, e mais especificamente a mulher ruiva, conquistou o seu direito e espaço.
A mulher ruiva hoje, inclusive, é tida, em virtude de suas madeixas alaranhadas, bem como de sua essência exótica, como símbolo sexual. E, com certeza, a ruiva é sinônimo de beleza, e a sua diferença não representa afronta aos perversos olhos da sociedade, mas é colírio.