Títulos de dissertações e teses
Não há uma “fórmula mágica” para desenvolver títulos de textos acadêmicos. Alguns autores trazem, no título, um recorte mais geral da pesquisa, outros são mais detalhistas; especificam data, região, metodologia e, inclusive, algum referencial teórico. Na verdade, essas escolhas dependerão da intenção do pesquisador, bem como da ontologia e da epistemologia do estudo.
Vale ressaltar que o título constitui uma pequena chamada para uma pesquisa. Portanto, ele deve trazer os vocábulos-chave que se alinham ao escopo da pesquisa. Devem estar alinhados, também, às palavras-chave dos resumos.
É fundamental que o título se articule aos objetivos, ao problema ou hipótese, metodologia e referencial teórico. Dependendo da área cientifica, é possível trazer, no título, jogo de palavras enfatizando conceitos ligados ao próprio campo de investigação. Se isso é feito no título principal, é possível, também, seguir a mesma orientação para outros títulos e subtítulos ao longo do texto.
No vídeo a seguir, em meu canal no Youtube (Escrever e Viver), eu desconstruo alguns títulos de dissertações e teses, de grandes universidades federais brasileiras. Além disso, trago algumas reflexões para que estes sejam melhor pensados ou estruturados:
Perguntas e respostas
Metáforas podem ser usadas em títulos?
Em áreas como literatura, o uso de metáforas é mais “possível”. Em outras áreas como Direito, Sociologia, Engenharia, evite esse usos. Inclusive, no corpo do texto, ele, também, deve ser evitado, pois é escolha linguística não condizente com a ciência, tende a simulacros. Nesse sentido, em textos acadêmicos, seja mais direto. Refira-se, especificamente, ao que você quer dizer.
O texto acadêmico é mais “rígido” e objetivo? Não. Não podemos, em ciência, ter esse pensamento a respeito de textos. O dito padrão de objetividade foi rompido, em humanas, com os estudos culturais oriundos da Escola de Chicago (Sociologia). Nesse sentido, esses conceitos absolutos foram dissolvidos em ciência e esse mesmo pensamento alinha-se aos estudos textuais. Texto algum é absoluto, rígido e inflexível. Na verdade, as pesquisas científicas em linguística apontam que os textos, especialmente hoje, são híbridos e mais fluidos do que se possa imaginar, sejam eles formais ou não. Nesse mesmo sentido, é muito complicado falar que um texto, produto da subjetividade humana, é objetivo. Pode-se dizer que, de maneira geral, a linguagem deste é mais formal, por exemplo.
Algumas dicas:
Cuidado com construções em títulos de textos acadêmicos como:
“Do tratado de Veneza…” (esse tipo de linguagem, comum em textos jurídicos, deve ser evitada em textos acadêmicos, mesmo na área científica do Direito).
Sugestão de reescrita
O tratado de Veneza…
Não se utiliza ponto final em título. Se pretender segmentar o título em duas seções, utilize dois pontos ou, no máximo, meia-risca. Por exemplo:
Viajar e punir: processos interacionais e discursivos para (des)construção de cidadania(s) na companhia do metropolitano do Distrito Federal
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