Enem (Exame Nacional do Ensino Médio)

1. O que é o Enem?

O Enem consiste em um exame nacional de avaliação do Ensino Médio brasileiro, que é de responsabilidade do Ministério da Educação, por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Além disso, é um dos maiores exames do mundo.

Além de seu caráter informativo, sobre a educação no Brasil, esse exame representa uma “chave” para aqueles que querem cursar o Ensino Superior, seja em universidades públicas ou particulares (para o caso de bolsa parcial ou integral pelo Prouni (Programa Universidade para Todos), para obtenção de financiamento pelo programa Fies (fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior).

2. O que é o Sisu?

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

3. Como se preparar?

Enem

Os estudantes interessados devem saber que a prepação para o Enem é diferenciada da preparação para a maioria dos outros vestibulares. Na verdade, o estudante precisa ter foco e optar por determinados cursos e escolher determinados exames. Não adianta estudar para várias universidades aleatoriamente, pois, independentemente de sua qualificação na escola ou capacidade, cada exame exige preparação diferenciada.
Vale ressaltar que, mesmo havendo uma tradição para cada exame, é bom ler o edital a cada ano, pois poderá haver novidades.

Não “chute”, durante a realização das provas, pois os examinadores já estabeleceram mecanismos para impedir que pessoas sejam aprovadas por essa “técnica” (a correção da redação, no entanto, é mais falha. Para informações a respeito do exame de redação em Língua Portuguesa, acessem esse link (participei do curso de formação de corretores em 2013): ).

Um desses mecanismo é o TRI (Teoria de Resposta ao Item). A TRI permite analisar as questões respondidas dos alunos e atribuir um peso determinado para cada item correto. Ou seja, a nota depende da dificuldade de cada questão, o que revela o caráter eliminatório que o Enem possui.

Abaixo, seguem alguns links úteis e esclarecedores do próprio site do Ministério da Educação:

4. inscrições no SISU

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#inscricoes

5. senhas e número de inscrição do Enem

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#senha_enem

6. notas do Enem

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#nota_enem

6.1 cálculo de nota

Para calcular a nota, sugiro o seguinte site, que contém uma calculadora que facilita a vida dos estudantes:

http://www.enemsimples.info/p/calculadora-sisu.html

Esse site também indica as notas de corte dos anos anteriores, de acordo com cada curso, para comparação:

http://www.enemsimples.info/2015/01/exclusivo-todas-notas-de-corte-do-sisu-2015-enem-2014.html

7. nota de corte

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#nota_corte

8. vagas oferecidas

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#vagas_ofertadas

9. Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas)

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#lei_de_cotas

10. resultado e matrícula

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#resultado

11. lista de espera

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#lista_de_espera

12. Sisu e Prouni

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#sisu_e_prouni

13. Próximo processo

http://sisu.mec.gov.br/tire-suas-duvidas#proximo_processo

Embora muitas universidades ainda sigam o padrão tradicional de vestibulares, a nota obtida no Enem é reconhecida por várias universidades, entre elas (adesão 2014):

REGIÃO CENTRO-OESTE

UnB – 50% das vagas pelo Enem/SiSU e 50% pelo PAS no 1º semestre e vestibular no 2º semestre
UFG – todas as vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
UFGD – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
UFMT – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFMS – todas as vagas pelo Enem/SiSU

UEMS – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Unemat – todas as vagas pelo Enem/SiSU no 1º semestre e vestibular no 2º semestre

IFG – 20% das vagas pelo Enm/SiSU
IF Goiano – todas as vagas pelo Enem, sendo 70% via vestibular e 30% via SiSU (novo – saiba mais)
IFMT – cerca de 20% das vagas pelo Enem/SiSU
IFMS – todas as vagas pelo Enem/SiSU

REGIÃO NORDESTE

UFAL – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFBA – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto cursos que exigem teste de habilidade específica
UFRB – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFC – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Unilab – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFPB – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFCG – todas as vagas pelo Enem, sem adesão ao SiSU no 1º semestre e com adesão no 2º semestre
UFMA – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFPE – todas as vagas pelo Enem/SiSU no 1º semestre e vestibular de Engenharias no 2º semestre (novo – saiba mais)
UFRPE – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Univasf – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFPI – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFRN – todas das vagas pelo Enem/SiSU
Ufersa – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFS – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto para o curso de Música

UNEB – parte das vagas serão preenchidas pelo Enem/SiSU
UESB – metade das vagas pelo Enem/SiSU
UESC – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UECE – 50% das vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
UEPB – todas as vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
UPE – Enem representa a 1ª fase do vestibular e redação do Enem é usada na 2ª fase (novo – saiba mais)
UESPI – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UERN – 60% das vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)

IFAL – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFBA – 40% das vagas pelo Enem/SiSU
IFBaiano – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFCE – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFPB – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFPE – vagas do 2º semestre são preenchidos pelo Enem/SiSU
IFSertão – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFPI – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFRN – todas as vagas pelo Enem, sendo algumas pelo SiSU
IFS – 50% das vagas pelo Enem/SiSU

REGIÃO NORTE

UFAC – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFAM – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
Unifap – metade das vagas pelo SiSU e metade pelo Enem 2014 e 2013
UFPA – todas as vagas pelo Enem 2014, sendo 20% pelo SiSU
UFOPA – todas as vagas pelo Enem 2014 ou 2013, mas sem utilizar o SiSU
Unifesspa – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFRA – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFRR – parte das vagas pelo Enem/SiSU
UNIR – todas as vagas pelo Enem, mas sem aderir ao SiSU
UFT – todas as vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)

UEAP – todas as vagas pelo Enem, mas sem aderir ao SiSU

IFAC – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFAM – 20% das vagas pelo Enem/SiSU
IFAP – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFPA – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFRO – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFRR – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFTO – parte das vagas pelo Enem/SiSU

REGIÃO SUDESTE

UFES – Enem representa a 1ª fase do Vestibular de Verão e critério único para Vestibular de Inverno (SiSU)
UFMG – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto cursos que exigem teste de habilidade específica
UFJF – 70% das vagas pelo Enem/SiSU; o restante é pelo vestibular seriado (Pism)
UFLA – 60% das vagas pelo Enem/SiSU; o restante é pelo vestibular seriado (PAS), sendo que o Enem substitui as provas da 3ª etapa
Unifal – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Unifei – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFOP – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto para os cursos que exigem teste de habilidade específica
UFSJ – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFTM – todas as vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
UFU – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto para cursos que exigem teste de habilidade específica, no 1º semestre, e vestibular no 2º semestre
UFV – 80% das vagas pelo Enem/SiSU; o restante é pelo vestibular seriado (Pases), sendo que o Enem substitui as provas da 3ª etapa
UFVJM – 50% das vagas pelo Enem/SiSU; o restante é pelo vestibular seriado (SASI), sendo que o Enem substitui as provas da 3ª etapa
UniRio – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFF – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFRJ – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto cursos que exigem teste de habilidade específica
UFRRJ – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto para os cursos que exigem teste de habilidade específica
Unifesp – usa Enem como 1ª fase do vestibular para alguns cursos, e o SiSU para outros
UFABC – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFSCar – todas as vagas pelo Enem/SiSU

UEMG – parte das vagas pelo Enem/SiSU
UENF – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Unesp – nota do Enem 2014 pode ser usada para aumentar nota do vestibular
Unicamp – nota do Enem 2013 ou 2014 pode ser usada para aumentar nota da primeira fase

IFES – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFSudesteMG – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
IFSuldeMinas – 70% das vagas pelo Enem/SiSU
IFMG – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
IFNMG – alguns cursos terão vagas pelo SiSU e outros pelo vestibular
IFTM – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Cefet-MG – 50% das vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
IFSP – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFF – 243 vagas pelo Enem/SiSU
IFRJ – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Cefet-RJ – todas as vagas pelo Enem/SiSU

REGIÃO SUL

UFPR – 30% das vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
UTFPR – todas as vagas pelo Enem/SiSU
Unila – todas as vagas pelo Enem/SiSU, exceto cursos de Arquitetura e Urbanismo e Música
UFRGS – 30% das vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)
UFCSPA – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFSM – as notas do Enem representam 20% da pontuação do PSU e PSS
UFPel – todas as vagas pelo Enem/SiSU
FURG – todas as vagas pelo Enem/SiSU e cursos a distância pelo Enem (novo – saiba mais)
Unipampa – todas as vagas pelo Enem/SiSU
UFSC – Enem de 2009 a 2014 pode representar 30% da nota final do vestibular
UFFS – todas as vagas pelo Enem/SiSU

UEL – Enem é usado apenas para vagas remanescentes
UENP – 10% das vagas pelas notas do Enem 2013 ou 2014
Unicentro – Enem é usado para vagas remanescentes
Unioeste – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
UERGS – todas as vagas pelo Enem/SiSU; exceto para os cursos que exigem teste de habilidade específica
Udesc – 25% das vagas do Vestibular de Verão serão preenchidas pelo Enem/SiSU

IFPR – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFSul – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
IFRS –50% das vagas pelo Enem/SiSU
IF-Farroupilha – todas as vagas pelo Enem/SiSU
IFSC – 50% das vagas pelo Enem/SiSU
IFC – todas as vagas pelo Enem/SiSU (novo – saiba mais)

* Fonte: http://vestibular.brasilescola.com/enem/lista-adesao-enem.htm
Sucesso a todos.

Share on Facebook

Como escrever bem?

1. A ESCRITA NÃO É UM DOM, É UM PROCESSO

Primeiramente, para escrever bem, não é necessário estar inspirado(a). Escrever é técnica (talvez a literatura esteja no plano da inspiração), exige concentração, organização e revisão de texto. Sim, revisão de texto.

As pessoas não têm o costume de revisar os seus escritos ou de buscar um revisor de texto, o que é um grande erro. Acredito que a escrita é importante para que se organize melhor o pensamento. Especialmente porque a escrita não é um processo tão imediato quanto a fala. Escrever é um processo e, por isso, o texto NUNCA está PRONTO. Como um processo, ele está em constante transformação, seja pelas novas leituras ou novos posicionamentos de seu autor ou de seus interlocutores. Isso não significa que o texto é uma unidade abstrata, caótica ou que ele nunca deva estar ESCRITO, no entanto, significa que ele não é estático, ele é inserido em um contexto e dialoga com outros textos, outras leituras e permite outras interpretações além daquelas propostas pelo seu autor. Assim, o texto gera coautores. É por isso, inclusive, que alguns livros são editados novamente. É interessante observar esse aspecto a respeito do texto, pois ele pode ser metaforicamente relacionado à realidade e ao conceito de ciência. A realidade não é estática, não é concreta e acabada como em uma visão positivista, ela não é absoluta.

2. PARA ESCREVER BEM É IMPORTANTE “ESCREVER”

Eu já ouvi de várias pessoas que é importante ler para que se escreva bem. Eu diria que essa não é uma relação unilateral. É extremamente importante ler. Mas é muito importante que se escreva. Se não se exerce a escrita, como é possível escrever bem ou produzir um bom texto?

Obviamente, escrever exige conhecimento da linguagem de cada gênero textual. Se o fundamento para afirmar que ler implica escrever melhor estiver atrelado à leitura de um livro sobre como escrever bem, dicas de escrita, para o gênero o qual pretende-se escrever, essa afirmação pode até ser válida [risos], ao menos teoricamente; na prática, esta é outra história.

O que quero dizer é que a leitura é, simplesmente, a justificativa mais vazia para os mitos que leigos propagam sobre a escrita/língua. Vejo muitos pais e professores dizendo aleatoriamente aos seus filhos e alunos: “leiam, para escrever melhor”. Leiam o que? Qualquer coisa? Aprende-se a escrever lendo por “osmose”? Não quero afirmar, com essa “desconstrução” que, para ser um bom escritor, é preciso escrever “qualquer coisa”.

A escrita constitui um processo de organização do pensamento, bem como aplicação de determinadas regras a determinados gêneros. A escrita refere-se ao momento de estar atento ao texto, de rever o texto/ de reescrever e refletir acerca de o que foi escrito. No caso de alunos, isso pode ocorrer com a mediação de um professor (não sei como autodidatas realizam esse processo rsrsrs). E, mesmo assim, é possível que um pesquisador, conhecedor dos gêneros acadêmicos, não seja um bom escritor dos gêneros literários, por exemplo.

3. ATENÇÃO AO GÊNERO TEXTUAL E ÀS CARACTERÍSTICAS DESTE

Uma etapa importante no momento de escrever um texto é estar atento ao gênero textual proposto. Muitos estudantes sempre são penalizados nesse quesito. Eu poderia dizer, grosseiramente, que um gênero textual é um “texto” em um contexto e exige características que dependem do contexto. Por exemplo, uma carta pessoal ou um documento oficial são gêneros distintos, que referem-se a contextos distintos. O primeiro não é tão criterioso como em relação aos aspectos de formalidade do segundo. Cada gênero tem a sua característica. Cartas exigem vocativo, diferentemente de uma receita de bolo.

4. ATENÇÃO À LETRA OU À FORMATAÇÃO

Se o seu texto for digitado, sorte de quem o ler. Mas deve-se estar atento à formatação, aos espaçamentos entre os caracteres, aos parágrafos, aos recuos. Porém, se o seu texto for escrito, escreva com letra legível, atenção às marcações de parágrafo, não exagere, não escreva com espaços longos entre os caracteres, escreva até o final da linha.

5. ATENÇÃO AOS COMANDOS DA PROPOSTA DE REDAÇÃO/TEXTO/EDITAL

Em caso de provas, siga os comandos do enunciado. Em alguns concursos e provas de vestibulares, você só dará um título a sua redação caso seja solicitado. Você também não deverá assinar ou marcar a sua folha de redação.

6. TEMA

Independentemente do gênero textual, é de extrema importância conhecer o assunto sobre o qual se escreve. No caso de dissertação, é importante dominar o tema proposto. Algumas bancas examinadoras têm grande enfoque nesse quesito, pois é por meio dele que o candidato apresenta a sua visão de mundo, a sua capacidade de interdisciplinaridade e intertextualidade. Então, estudem o tema proposto. Eu diria que o conhecimento de teóricos da sociologia em geral podem auxiliar as ideias de sua dissertação, você pode citá-los e fazer uma crítica. A grande questão está no reconhecimento de que a opinião em si não possui tanto valor neste caso. Ou seja, não se escreve a partir da aleatoriedade, de achismos. Segundo Platão, a opinião é o intermédio entre o ser o não ser, ela não possui tanto valor e optar por ela pode ser a escolha para uma nota baixa.

É importante, nessa perspectiva, diferenciar opinião e crítica. Um posicionamento crítico, embasado em reflexão é muito significativo. Isso não quer dizer que você deve discordar de um determinado assunto, a crítica refere-se a seu estar no mundo, às suas interpretações sobre o mundo, as suas leituras de mundo fundamentadas em outros autores. Eu diria, para finalizar, que deve-se tomar cuidado com a crítica quando ela tende ao clichê.

O clichê não é um erro, mas ele pode comprometer a originalidade e o interesse de muitos leitores em seu texto, alguns argumentos já estão “batidos” e cristalizados. Por exemplo, no caso de escrever bem, o argumento de que é preciso ler para escrever é um clichê. Além disso, considero essa afirmação vazia e carente de reflexão, pois ler não implica necessariamente uma boa escrita.

O clichê será o responsável, muitas vezes, por uma nota média, mas não alta. Além disso, cuidado com argumentos religiosos, o estado brasileiro é LAICO, o conhecimento científico e a escola como parte desse processo não devem ser embasados em argumentos religiosos, deve-se prezar pelo respeito aos direitos humanos em sua argumentação, não sigam o exemplo de Marco Feliciano e Silas Malafaia.

7 . PROGRESSÃO TEXTUAL

Atenção à sequência temporal e lógica de suas ideias. Um parágrafo possui orações que precisam estar interligadas com a ideia central deste. Além disso, lembre-se de que o texto deve constituir uma unidade, o que significa dizer que os vocábulos, as orações e os parágrafos precisam ser “amarrados” ao TEXTO. Eu considero essa etapa um grande problema para muitos alunos.

8. COESÃO E COERÊNCIA

A coesão refere-se aos aspectos estruturais do texto e relaciona-se ao sentido, ou seja, à coerência. Para que haja coesão, é necessário o domínio das regras da língua, o que não significa necessariamente as regras da gramática normativa. Se o seu texto é mais informal, a coesão não será estabelecida por meio da norma formal. A coerência refere-se ao próprio conhecimento sobre o qual você escreve. Os seres humanos são extremamente incoerentes em seus discursos, às vezes brigam com os seus vizinhos e voltam a falar com eles sem justificar o ocorrido, de maneira incoerente. O seu texto não deve seguir essa característica.

9. PONTUAÇÃO, ORTOGRAFIA E ASPECTOS GRAMATICAIS

Independentemente do gênero textual, pontuação e ortografia são aspectos fundamentais a um bom texto. Em relação aos aspectos gramaticais, por outro lado, cada gênero exige uma linguagem diferente, ou melhor, uma norma diferente. Um texto formal exige linguagem formal, um texto informal exige linguagem informal.

10. ESTILO

Deve-se estar atento ao estilo, um aspecto mais subjetivo de seu texto. Engana-se aquele que acredita naqueles manuais antigos e positivistas que diziam que um texto tem de ser objetivo. Não é possível separar a subjetividade do autor de um texto, independentemente do gênero textual ou da linguagem, ainda que você indetermine o sujeito. Na verdade, o que esses manuais talvez queiram dizer é que é preciso tomar cuidado com períodos longos e com a diferença entre opinião e crítica.  O estilo refere-se ao seu posicionamento no texto, a uma marca de subjetividade.

11. REVISÃO DE TEXTO

Muitas vezes, o nosso olhar vicia em relação às nossas próprias ações. Isso também ocorre em relação ao nosso texto. Por isso, um outro olhar é fundamental, especialmente, o olhar de especialistas nessa área. Por isso, enviem-nos os seus textos: servicos@criteriorevisao.com.br

Muito sucesso a todos.

Share on Facebook