Entrevista semiestruturada

De acordo com Triviños (1987, p. 146), a entrevista semiestruturada é uma das principais fontes de dados para o investigador. Para o autor, a entrevista semiestruturada

 […] parte de questionamentos básicos, fundamentado nas teorias e nas hipóteses que interessam à pesquisa, oferecendo-lhe uma diversidade de interrogativas a partir das respostas dos entrevistados (informantes), ou seja, no momento que o informante, seguindo espontaneamente a sua linha de pensamento, responde os questionamentos feitos pelo investigador, esta resposta poderá gerar uma série de novos questionamentos e a partir desse momento o informante passa a participar da elaboração do conteúdo questionado pela pesquisa.

 Dessa forma, ele chama a atenção para o aspecto fluido que deve ter a entrevista semiestruturada, o que possibilita ao investigador elaborar novas perguntas e direcionar a entrevista para áreas não previstas anteriormente que possibilitem o enriquecimento do trabalho.

De forma semelhante, Boni e Quaresma (2005, p. 75) entendem a entrevista semiestruturada:

 As entrevistas semiestruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. O entrevistador deve ficar atento para dirigir, no momento que achar oportuno, a discussão para o assunto que o interessa fazendo perguntas adicionais para elucidar questões que não ficaram claras ou ajudar a recompor o contexto da entrevista, caso o informante tenha “fugido” ao tema ou tenha dificuldades com ele.

 Os autores alertam para um dos problemas apresentados nesse modelo de entrevista, a possibilidade de fuga de tema por parte do entrevistado, cabendo, nesses casos, ao entrevistador o trabalho de manter o entrevistado envolvido com o tema de interesse do investigador.

Trecho de dissertação de mestrado de Anderson Hander.

Para citar: Xavier, Anderson Hander Brito. Viajar e punir: processos interacionais e discursivos para (des)construção de cidadania(s) na Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. Dissertação. Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas. Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

Capítulo 3: Metodologia sobre trilhos: o percurso científico

3.4 Entrevista semiestruturada

Link para download e consulta de referências: https://criteriorevisao.com.br/processos-interacionais-e-discursivos/

Notas de campo

Segundo Thomas (2015)[1], a maneira pela qual se toma nota durante o estudo de observação consiste em processo bastante subjetivo, embora este implique, basicamente, duas etapas: primeiramente, são tomadas notas, descritivamente, referentes à documentação dos dados factuais, por exemplo, hora, data, ações, comportamentos e convesações que são observadas; em segundo momento, esses dados são relembrados e passam por processo de reflexão que permitem melhor direcionar e compreender o estudo.

Para o autor, as notas de campo permitem ao pesquisador: ser mais organizado, mais preciso, mais descritivo, enfocar o problema de pesquisa e relembrar fatos relevantes.

Segundo Emerson et. al (2007, p. 357), o pesquisador registra, de maneira regular e sistemática, o que ele aprende/observa enquanto participa das interações diárias nas vidas dos colaboradores. Dessa maneira, as notas de campo revelam-se como registro escrito de suas observações e experiências.

[1] Disponível em <http://libguides.usc.edu/content.php?pid=83009&sid=2559286> . Acesso em 01 mar. 2015.

Trecho de dissertação de mestrado de Anderson Hander.

Para citar: Xavier, Anderson Hander Brito. Viajar e punir: processos interacionais e discursivos para (des)construção de cidadania(s) na Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. Dissertação. Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas. Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

Capítulo 3: Metodologia sobre trilhos: o percurso científico

3.3.2 Notas de campo

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