Neste trecho do e-mail que enviei a uma cliente, trato de vários assuntos pertinentes ao universo de Revisão de Textos (para a) crítica. Achei válido compartilhá-lo em meu site.
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Quando o autor é sensível à crítica do Revisor de Textos
Ignore o meu comentário, caso este não lhe agrade. Ele não está, na verdade, incluído no serviço; foi uma gentileza, apenas (e acredito que, bem-vinda (você entenderá (ou não)). Assista ao vídeo que indico abaixo). Fiz, apenas, a Revisão Ortográfica e Gramatical, conforme acordamos, embora haja algumas questões em seu texto além dessas intervenções, que precisam ser revistas por você (mas isso é uma sugestão). Na verdade, textos são sempre possíveis de edição, revisão (mesmo que os autores os considerem “prontos” para publicação ou “bons o suficiente”). Recursividade, nesse sentido, é um atributo de textos.
Autor e Revisor de Textos
E não precisa se desculpar por nada que escreveu, ou mesmo pelo que pensou/pensa, o texto é seu (eu não lhe devo nada, você não me deve nada, o mundo não lhe deve nada; esteja em paz com os seus pensamentos. E esses discursos são proferidos por todos, estão, na verdade, em nosso inconsciente; nós o reproduzimos, escolarizados ou não, independentemente de classe social, naturalmente (não é uma questão polarizada entre bem e mal, por exemplo =)). E, às vezes, não percebemos. Sou Analista Crítico de Discurso, e o meu papel está muito além de intervir em ortografia e gramática (conforme esclareço em meu site, por isso deixei a crítica, e ela se compromete com MUDANÇA SOCIAL, embora acredite que, muitas vezes, só possamos mudar a nós mesmos!
O texto e o Chronos
Mesmo que o texto tenha sido redigido em outro ano, essa associação é possível de ser realizada. A Língua, o Texto não são estáticos, atemporais (existem, no caso de textos, alguns recursos como intertextualidade, intergenericidade, interdisciplinaridade, interdiscursividade e eu até diria intertemporalidade. Ou seja, ao ler um texto, o leitor não fará uma leitura unilateral em relação ao ano de publicação deste. As outras leituras de outros textos que ele mesmo leu continuam/(des)constroem-se nesse texto, bem como as próprias vivências: pois texto, discurso e língua estão intercalados (e implicam prática social)). E isso é muito mais complexo do que possa imaginar (mas enfim… você pode buscar fundamento científico em uma área chamada Linguística Textual ou Análise de Discurso Crítica, se tiver interesse). A crítica e a leitura que fiz é completamente cabível ao contexto em que vivemos (mesmo que a sua intenção não seja essa como autora). Se quiser ir além para compreender o que quero dizer, assista ao vídeo a seguir desta Linguista da USP, ela é ótima (ela é de uma área de formação similar à minha):
O Revisor “não pode”? Revisão de Texto (para a) crítica
Se você perceber, os comentários que deixei não são alterações em seu texto ou imposições de lei (risos); são, apenas, comentários, mesmo que transpareçam “duros” para você. Você não precisa acatá-los ou se justificar em relação a eles ou ao seu texto (nem para mim nem para ninguém). Não se ofenda. Eu posso sugerir, SIM, que você ou qualquer um RETIRE algum trecho do texto (eu posso, fiz e continuarei fazendo isso; inclusive, nos casos em que acredito que a minha crítica seja bem-vinda. Na verdade, há vários mal entendidos na sociedade sobre língua e texto que foram disseminados por aí por professores mal informados/jornalistas… Eu não acho que ninguém deveria se ofender por isso; são, apenas, sugestões, mesmo que eu tenha utilizado algum verbo no imperativo para indicar essa alteração ou mesmo que, aos olhos sensíveis do autor, tenha soado impositivo. NADA É NEUTRO. Tudo é ideológico. O texto é seu, você pode fazer o que quiser dele. E, nesse caso, sugiro que, caso não goste do comentário, ignore-o.
Revisão de Texto dita “objetiva”
Na verdade, embora você tenha solicitado uma revisão “objetiva”, o seu texto tinha/tem alguns problemas. Eu deixei alguns comentários para você, gentilmente, além do meu serviço, para alertá-la sobre uma necessidade de (re)leitura (por sua parte) de seu próprio texto antes de publicá-lo. E, com certeza, o seu texto não tem, apenas, pontos negativos. Mas, para melhorá-lo/desconstruí-lo, trouxe sugestões. O mesmo ocorre em relação à minha profissão; as pessoas se lembram de mim, apenas, quando a publicação é um sucesso e se esquecem de seus próprios erros ou atribuem as suas frustrações/dificuldades a mim (enfim, essa relação entre Autor e Revisor sempre foi conturbada, como a maioria das relações sociais, como o caso de algumas que você mesma trouxe no livro (risos novamente)).
Revisão de Texto (para a) crítica
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