Entrevista para o Mestrado

Entrevista para o Mestrado

Acredito que a prova oral para ser aprovado em processo seletivo de mestrado é uma das etapas mais difíceis. Deve-se preocupar, primeiramente, com o domínio em relação ao seu pré-projeto de pesquisa. Você deve conseguir explicar detalhadamente para a banca a sua pesquisa, de maneira a comprovar que você redigiu o projeto. Além disso, a banca fará alguns questionamentos sobre o seu currículo na universidade, sobre a sua experiência com pesquisa e sobre algumas questões de sua vida profissional.

Fiquei muito apreensivo nessa etapa. Suava, tremia e sentia-me naqueles episódios mais tensos de Master Chef rsrs. Gaguejava, trocava nomes de teorias, enfim, eu estava muito nervoso. E o pior é que a entrevista foi gravada, o que aumentou a tensão. Por sorte, consegui me sair bem na metade da entrevista para frente.

Seguem algumas dicas, com base em minha experiência, para que você se prepare melhor para essa etapa e consiga ser aprovado, além de obter uma melhor nota e conseguir uma melhor classificação.

  1. Não se vista exageradamente ou de maneira relaxada. Cometi uma grande gafe ao ir de bermuda, não me chamaram a atenção, mas, embora estivesse muito calor no dia, isso não foi uma postura muito “madura” e “adulta”. Para as meninas, cuidado com os decotes, exageros, vocês não estão indo para um concurso de beleza. Além disso, alguns membros da banca poderão questionar a sua postura, dependendo da maneira pela qual você se apresentou a eles. E eles sabem ser bem durões.
  2. Não gesticule em excesso. Aja naturalmente, cuidado para não transbordar em ansiedade e ser mal interpretado(a) pela banca. Atenção à linguagem corporal. Policie-se enquanto fala. O seu corpo revela muito sobre você. A maneira pela qual você se senta, gesticula, olha deve ser observada por você… Mantenha os ombros levantados, peito para frente, mas nada em tom que demonstre antipatia, aja naturalmente, mas cuidado para não parecer estar “a vontade demais”.
  3. Não ofenda os membros da banca. Seja respeitoso(a) se for criticado em relação ao seu projeto. Ainda que a banca “destrua-o” e afirme que há sérios problemas em relação a ele e que você não fez um bom trabalho, respire fundo e, primeiramente, agradeça pelos comentários da banca, diga que eles são “bem-vindos” e que permitirão maiores reflexões para desenvolver melhor a sua pesquisa. Se você discordar de algum membro da banca, em relação a algum comentário sobre sua pesquisa, não precisa também agir como uma pessoa insegura que não sabe o que está fazendo. Se você tiver certeza sobre o que está fazendo (isso é difícil para quem ainda não é pesquisador rsrs), dialogue, educamente, com a banca e exponha o que você pensa, assuma a sua voz, isso demonstra autonomia (mas cuidado para isso não soar como grosseria ou arrogância).
  4. Não fique falando sobre os seus gostos pessoais, sobre a sua vida pessoal, seja direto(a) e objetivo, sem ser monossilábico(a), claro.
  5. Não fale demais! Atenha-se ao tempo de duração da entrevista oral, você terá pouco tempo, analise o que irá dizer e escolha muito bem as suas palavras.
  6. JAMAIS DIGA QUE O SEU OBJETO É GANHAR MAIS COM O TÍTULO DE MESTRE. Se você trabalha, precisará convencer a banca de que tem perfil acadêmico e isso não irá atrapalhar a sua pesquisa. Não diga, JAMAIS, que você pretende fazer mestrado para ganhar mais (NUNCA DIGA ISSO, VOCÊ SERÁ ELIMINADO, especialmente se você for funcionário público).
  7. Se você conhecer algum membro da banca, se algum deles tiver sido o seu professor(a), não demonstre muita intimidade, seja mais formal e respeitoso(a).
  8. Não atenda telefones durante a entrevista, não interrompa a banca, cuidado com os famosos “brancos”, não tenha medo.
  9. Se pretende ganhar bolsa de estudo, não diga que, caso não consiga, não terá como se manter (mesmo que isso seja verdade. Professores de Universidades Federais não estão “nem ai” se você não tem como pagar as suas contas, se passa fome, enfim. Eles são bastante elitizados e hipócritas nesse sentido. Eles querem saber de PRODUÇÃO ACADÊMICA, SÓ).

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