Adeus Kosovo: diário de um nômade

O que eu posso dizer sobre Kosovo? Eu me surpreendi, mas não sentirei saudades como sinto da Croácia. Kosovo foi a experiência mais exótica que já vivenciei até hoje. O centro de Kosovo é muito bonito. As pessoas se vestem muito bem (eu fiquei me perguntando como, sendo Kosovo o país mais pobre da Europa. Mas depois eu lembrei que eu estava na capital, no centro, enfim. Também tive de rever o meu conceito de pobreza, ainda mais se comparado ao Brasil).

Eu acho que quem quer gastar pouco e ter uma experiência bem diferente vale muito a pena visitar Kosovo. Imaginem uma cidade em que mais do que metade da população é composta por jovens entre 20 a 40 anos: Kosovo. Os preços lá são tão baixos que parece piada… A cidade é lotada de cafés, restaurantes. Eu pagava 2 euros para fazer uma refeição em um restaurante bom. Pena que eu não podia levar mais uma mala, porque eu vi cada casaco lindo por 140 reais, em lojas locais, casacos grossos, de bom material.

Vou guardar a lembrança de Pristina, capital de Kosovo, andando na rua, como se eu estivesse em um desfile de moda de inverno europeu, com pessoas extremamente bonitas (pelo menos para o que eu considero beleza), muito bem vestidas, em um cenário um pouco apocalíptico de Guerra, especialmente em regiões um pouco distantes do centro. É um verdadeiro choque cultural e visual. Muitas pessoas falavam inglês, foram receptivas comigo, na academia, na rua, no meu prédio.

Eles se dizem muçulmanos, mas não são muito praticantes, pelo menos não em Pristina, nas cidades próximas à capital, sim. Interagi mais com estrangeiros do que com os locais. A capital de Kosovo é segura, policiamento nas ruas, não me senti ameaçado em nenhum momento. Valeu a experiência 😀.

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De Atenas para Budapeste

De Atenas para Budapeste

Saí de Atenas. Estou há vinte e três horas viajando de ônibus. Passei por umas paisagens belíssimas. São quase 18h, mas o sol se pôs às 16h. Fora do ônibus, a temperatura está por volta dos -5 graus, mas, dentro do ônibus, o marcador indica 35 graus com o aquecedor ligado. Tenho internet, tomada… viajar de ônibus pela Europa é interessante.

Passei pela imigração de uns três países hoje. Geralmente, não me fazem perguntas, mas, hoje, a moça da imigração da Bulgária decidiu me interrogar. Ela se empolgou quando viu em meu passaporte o nome “Brasil” e decidiu treinar comigo o espanhol que eu não falo direito. Quando eu respondi há quanto tempo eu estava “viajando”, ela se assustou, perguntou se eu não trabalhava rsrs. [Eu até gostaria de ter respondido: NÃO, EU SOU RICO AHAHA]. (Expliquei, bem superficialmente, o que eu fazia, eu estava com sono), perguntou, por fim, em tom irônico e com uma expressão facial de angústia e desespero ahahaah, se eu não tinha casa (não aguentei e soltei uma gargalhada bem alta e disse: NO, MI CASA ÉS EL MUNDO). Encerrou, chocada, dizendo, com cara de reprovação: “então, vc vive assim?” Respondi: “si, vivo así”. Carimbou o meu passaporte e disse adeus. =)

#De Atenas para Budapeste

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