1. Elabore um sumário prévio dos capítulos ou seções
Organizar um livro conforme capítulos ou seções é importante, o que permite facilitar o processo de leitura para o interlocutor. Para que o conteúdo do livro seja bem organizado, seguir essa orientação é fundamental.
Mesmo que o seu livro, no caso de literatura, não siga uma “lógica” temporal ou cronológica, esse processo de organização permite delimitar o que deverá ser realizado, evitando divagações.
Mesmo que o sumário que você elabore não seja definitivo, vale a pena fazer um esboço, que constitui a materialização desse processo lógico de organização.
2. Não se preocupe tanto, inicialmente, com forma
Algumas pessoas conseguem, ao escrever, adequar forma e substância. A forma refere-se a questões gramaticais, estilísticas, ortográficas e de pontuação. A substância, por sua vez, refere-se ao conteúdo do texto. O nosso pensamento é repleto de incoerências.
Quanto mais treinamos o nosso cérebro para evitar essas “falhas”, maior eficácia teremos nesse processo. Mas, de qualquer maneira, em relação a textos, esse processo jamais será absoluto, sejam estes redigidos por um doutores ou mesmo grandes escritores.
Todo texto precisa ser revisado e é um processo sempre inacabado. Portanto, primeiramente, é mais importante escrever e, posteriormente, lapidar o que foi escrito. Não interprete ao “pé da letra” esses dizeres. Não quero dizer que se deve fazer um esboço caótico do texto, ou que não se deva policiar para alguns deslizes. Na verdade, essa dica articula-se bastante à próxima seção, pois muitos deixam de escrever porque gostariam de, em um primeiro momento, obter resultados absolutos e ditos “perfeito”; isso seria possível?
3. “Feito” é melhor do que “perfeito (ou melhor, não feito)”
Não se deve interpretar essa afirmação e banalizá-la com a justificativa de que feito equivale a “qualquer coisa” ou a “mal feito”. Definitivamente, não é isso que quero dizer. No entanto, algumas pessoas se cobram muito e acabam deixando de realizar algo em virtude de ter um senso autocrítico muito severo consigo mesmas. Como o texto é um processo, é importante saber que ele não será NUNCA absoluto e perfeito. O que é possível fazer é lapidá-lo, mas isso exige vários processos. Não pense, também, por outro lado, que quero dizer que é preciso de um trabalho imensurável que seria impossível de ser finalizado.
Às vezes, algumas questões em um livro devem ser deixadas para outra etapa, para uma segunda edição. Deve-se, em algum momento, “parar” esse processo.
4. Distribua a sua produção
Não pense que o seu livro será redigido em, apenas, um dia, mesmo que isso gere ansiedade imensa. Escrever um livro é um processo. Comprometa-se a redigir um número específico de páginas por dia (ou por semana). E se sinta feliz se tiver produzindo, por exemplo, 1 página por dia. Ao final de um mês, você terá 30 páginas redigidas.
5. Encaminhe o seu texto a um revisor
Após finalizar o processo de redação do livro, encaminhe-o a um Revisor e, também, a outros leitores, para que você consiga lapidá-lo.
Um livro, assim como todo texto, constitui um processo árduo que envolve várias etapas.
Redação (escrever o livro)
Esta é a etapa inicial em que o autor refletirá sobre a história, organização dos capítulos, narrativa, tempo da narrativa, entre outros aspectos. Poderá ser elaborado pelo próprio autor ou por um Ghost Writter (em casos que o autor não se sinta à vontade para escrever e precise de um intermediário).
É importante ter em mente que essa etapa nunca é definitiva. Escrever é um processo que envolve forma e conteúdo. Em um primeiro momento, conciliar esses dois mecanismos para redigir o texto é muito complexo. Alguns autores deixam fluir as ideias e depois preocupam-se com forma. As ideias precisam ser bem pensadas, organizadas e articuladas à proposta do livro. Além disso, o autor precisa ter em mente qual será o público-alvo do livro e adequar a linguagem do livro a este.
2. Editoração
Ainda seria possível encaminhar, na etapa de redação da história, o material para análise de um Revisor. Ele pode conferir capítulos, analisar títulos, conferir o tempo verbal utilizado na narrativa e fazer apontamentos/sugestões. Intitulo essa etapa, em relação à oferta de meu serviço, de Revisão Crítica (conheça mais: https://criteriorevisao.com.br/revisao-de-texto/).
3. Revisão de Texto
Nessa etapa, o texto precisa ser revisado por alguém que não o tenha escrito, um terceiro, um novo olhar à obra. Esse olhar poderá ser tanto em relação à forma (questões ortográficas e gramaticais) quanto ao conteúdo, se o autor desejar opiniões, impressões de terceiros. O material será preparado para que seja adequada conforme a linguagem que o livro demanda, bem como deverão ser observadas: estruturação de parágrafos, pontuação, uso de crase, ortografia e questões gramaticais. Também poderão ser observadas questões relacionadas à coesão e à coerência do texto e o autor poderá solicitar, ainda, uma leitura mais crítica e detalhada da obra para refinamento, caso o livro não tenha passado pela etapa anterior que mencionei.
4. Uniformização de caracteres/padronização
Essa etapa não é muito observada por autores e editoras, mas é de fundamental importância que haja um olhar direcionado a padronização de caracteres no livro, o que não constitui o serviço de Revisão de Texto, tampouco de diagramação. Esse serviço é muito específico e exige olhar de profissional especializado. É preciso observar o uso de itálico na obra em determinados vocábulos, uniformizar o uso de siglas, iniciais minúsculas e maiúsculas, travessão, meia-risca, hífen… há uma série de caracteres que precisam ser observados e padronizados conforme o uso destes no material a ser publicado (não intitulo esse serviço de padronização em meu site, mas de Revisão Crítica). A padronização à qual me refiro em meu site (2,00 reais por lauda) refere-se a manuais de trabalhos acadêmicos. Uniformização de caracteres e padronização de livros são serviços oferecidos no caso de Revisão Crítica.
5. Diagramação
Nessa etapa, serão discutidas questões relativas à organização visual do livro e como esta se articula a questões gramaticais (é o chamado Projeto Gráfico). Discutem-se cores, fontes, destaques, marcadores para organizar o livro, layout de página, formato de página, ilustrações, capa e orelha.
Essa etapa também constitui um processo que, geralmente, pode passar de 30 dias, considerando-se, por exemplo, um livro de 200 páginas. Após a finalização dessa etapa, é preciso verificar como o texto ficou e discutir ajustes e detalhes finais.
Após essa etapa, iniciam-se os diálogos com as gráficas e editoras.
6. Definição sobre publicação com editora e direitos autorais
É importante estabelecer se a obra será publicada de maneira independente ou se será financiada, por exemplo, por alguma editora. A diferença é que obras independentes custam mais e, geralmente, não precisam de registro de ISBN, o processo é menos burocrático. Mas muitos clientes preferem, mesmo que a obra seja publicada de maneira independente, que o livro esteja ligado a uma editora, bem como tenha ISBN, parece que isso traz toda a magia da publicação em si.
Se a obra for publicada por uma editora, eles geralmente ficam com uma parcela das vendas da obra e têm determinados direitos, é preciso consultar um advogado a respeito dessa etapa.
Nesse momento, também é importante verificar questões relacionadas a direitos autorais sobre a venda e divulgação da obra para evitar surpresas. É preciso verificar essas etapas para que o livro não contenha trechos plagiados, imagens de terceiros, ou conteúdo de diagramador que não foi mencionado na folha de rosto do livro, foto da capa realizada por fotógrafo…
Sugiro que sejam consultados advogados especializados nessa área para evitar problemas no futuro. Por exemplo, inserir uma imagem qualquer na obra, sem verificar essas questões pode trazer sérios problemas no futuro. A própria questão da arte de diagramação deve ser discutida, pois diagramadores exigem, às vezes, direitos sobre elas.
7. Ficha catalográfica
Se o seu livro for publicado por uma editora, dependendo, eles podem ter algum profissional capacitado para elaborar a Ficha Catalográfica. No caso de publicações independentes, é importante procurar um profissional. Autores até podem conseguir fazer uma ficha catalográfica, mas o processo é muito complexo e exige conhecimentos de um especialista. Além disso, é importante cadastrar o livro no sistema de biblioteca nacional, que inclui o ISBN (editoras podem dar consultoria sobre essas etapas ou profissionais de biblioteconomia ou arquivologia). A Ficha catalográfica seve para que este seja catalogado na Biblioteca Nacional. Além disso, há uma outra etapa importante na publicação, que está relacionada aos direitos sobre o livro, que consiste em enviar uma cópia deste à Biblioteca Nacional e abrir um registro nesta com as publicações do autor.
8. Prova de material impresso
Após todas essas etapas (que podem durar meses e até anos), o livro será encaminhado para uma gráfica. Geralmente, nesse processo, é importante a intervenção do diagramador, que oferece serviço de consultoria gráfica para que o material seja impresso com qualidade e para verificar o processo e qualidade de impressão. Nesse momento, a gráfica envia uma boneca de todo o material impresso para que seja verificado como ficou (o envio da “boneca”, que constitui um exemplar impresso da obra, mas não completamente estrutura, geralmente, é gratuito).
Após essa etapa, é importante conferir o material impresso, divulgá-lo, se for o caso, distribui-lo e aguardar as críticas. Se houver algum problema percebido após a impressão ou inadequação, elas só poderão ser ajustadas em uma outra edição, o que geralmente acontece, especialmente em relação a questões gramaticais. Isso revela o texto como um processo sempre inacabado, construído e não absoluto e definitivo como muitos interpretam.
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